Wednesday 22 April 2009

E agora?

Finalmente depois de muitos anos onde todos sabiam o que se passava e nada era feito, foi tomada uma decisão...será que a caixinha negra faz milagres?

http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Primeiro+Jornal/2009/4/centenas-de-animais-numa-casa.htm

Cerca de 150 animais retirados de habitação
Impressionante é o único termo minimamente capaz de caracterizar o estado em que se encontrava uma habitação da avenida Infante D. Henrique, em Setúbal, onde uma família – constituída pelo casal e dois filhos, de 27 e 20 anos – coabitava com cerca de 150 animais. As queixas sobre este problema vinham desde 1997 e só agora o Ministério Público ordenou a remoção dos animais.
Ana Maria Santos
red.asantos@osetubalense.pt
Cerca de 50 cães e gatos, 80 ratos, 12 chinchilas, um papagaio e dezenas de gaiolas com pássaros de diversa espécie “habitavam” um apartamento de três assoalhadas, situado na cave do n.º 11 da avenida Infante D. Henrique, em Setúbal. Juntamente com os animais, “vivia” uma família constituída pelo casal e dois filhos, de 20 e 27 anos, um dos quais a trabalhar numa empresa bastante conhecida do ramo alimentar.
O caso, que «O Setubalense» algumas vezes aqui relatou com base nas queixas dos restantes moradores do edifício, e dos prédios em redor, remonta a 1997, altura em que José Rodrigues, era administrador do referido imóvel. Residente no prédio há vários anos, José Rodrigues dizia ontem a «O Setubalense» que “a primeira participação à Câmara foi feita em 1997, acompanhada de uma acta de reunião de condóminos, onde se pedia a intervenção dos serviços camarários para a retirada dos animais”.
Nos últimos anos foram várias as participações feitas aos serviços camarários sem que o problema tivesse solução, depois de por várias vezes o Tribunal se ter recusado a intervir, devido a tratar-se, no entender judicial, de um “problema de salubridade” que competia à autarquia resolver. No entanto, de cada vez que se tentava a abordagem da proprietária do imóvel, esta, pura e simplesmente, não abria a porta da habitação e o problema foi sendo sempre adiado até que, no final da passada semana, o Ministério Público emitiu o mandado para a remoção dos animais, nomeadamente com recurso, caso fosse necessário, ao arrombamento da porta o que acabou por acontecer.
Com efeito, ontem de manhã, estiveram no local diversos organismos, entre os quais a PSP, técnicos da autarquia, da Segurança Social, o delegado de saúde, Ministério público, etc., que depois de uma tentativa de abordagem e perante a não abertura da porta da habitação, foi necessário arrombar a mesma.
O que se encontrava lá dentro é indescritível e o cheiro nauseabundo! Pelo meio de montes e montes de lixo e de dejectos de animais, encontravam-se os mesmos que se acomodavam por todo o lado: em baldes, em cestos, dentro de gavetas e de máquinas, nas prateleiras dos móveis, nos sofás, pelo corredor amontoavam-se gaiolas, por todo o lado se via comida de animais, comprimidos, pêlos, roupa e um rol infindável de falta de higiene. Como se pode imaginar, o ar era completamente irrespirável o qual, aliás, se intensificava desde a entrada no edifício.
Elsa Morais Lopes, chefe da divisão de fiscalização da Câmara Municipal de Setúbal, disse a «O Setubalense» que, depois da retirada de todos os animais - o que aconteceu ontem com encaminhamento para o canil -, a casa irá ser desinfestada nos próximos dias e como aquela família é proprietária do imóvel é lá que irá ficar a residir só que com acompanhamento de técnicas camarárias e da segurança social, para que “o problema não se volte a repetir”.

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