Tuesday 26 August 2008

Pedido de ajuda para estes canitos

O barracão onde viviam os cães:
A cadelinha
Dolly no vet
Snoopy depois de tosquiado:

Apelamos a todas as associações e particulares envolvidos nas adopções de animais a lerem este nosso apelo. Por favor, perca 5 minutos e leia o nosso texto.Para evitar que situações destas se repitam, por favor, não percam o contacto com os animais que são adoptados! Começamos a pensar que as adopções do Abrigo estão 'embruxadas'...Em Maio, dois dos nossos meninos tinham sido adoptados juntos, o Snoopy e a Dolly.


A adopção conjunta era ouro sobre azul visto que os cães até eram familiares. Tinham sido adoptados com o processo de sempre: vermos as condições em que iriam viver.Foram adoptados por uma senhora tratadora de cavalos em Benavente. Iriam ficar ao cargo dela mas a viver no local de trabalho, a pouca distância da sua residência. Ficaram instalados num canil com óptimas condições onde também estavam albergados outros cães, estes de raça, dentro da quinta onde ficavam os cavalos que ela tratava. Eram bem alimentados com a mesma comida que os outros cães comiam e passeavam pela quinta como os outros.Foram visitados por elementos d'O Abrigo cerca de 3 semanas depois de serem adoptados. Continuavam limpos e bem tratados e acima de tudo, felizes. Decidiu-se que fora uma adopção concluída e passava-se às conversas telefónicas periódicas, até porque ainda era uma viagem de alguns quilómetros largos e a gasolina está como todos sabemos.Nas conversas telefónicas, que eram tidas aproximadamente a cada 2 semanas, a adoptante continuava a dizer que os cães estavam bem e que até já tinham sido chipados, e continuava a dizer quando quiséssemos visitá-los que estávamos à vontade.No início do mês de Agosto decidimos então fazer essa nova visita. Como manda a boa educação, e para que não ''batêssemos com o nariz na porta'', telefonámos durante a manhã para avisar que irámos lá visitar os cães nessa tarde. Como o número de onde ligámos não era o mesmo de sempre, atendeu um senhor. Ao explicarmos quem éramos e o pretendido, a pessoa pede para voltar a ligar dentro de 5 minutos, pois a dona dos cães não estava de momento. Coisa normal, assim foi, cerca de 10 minutos depois voltamos a ligar. Telemóvel desligado... Achamos a situação no mínimo estranha e seguimos estrada em frente ao sítio onde os animais tinham sido alojados.Ao chegarmos ao local não havia vivalma humana... Nos canis estavam os mesmos cães de raça, mas não os nossos meninos. Já íamos picadeiro adentro quando surge um homem de bicicleta. Como uma das pessoas que tinham ido entregar os cães o reconheceu desse mesmo dia, perguntou pela dona dos animais. O sr respondeu que já não vivia na aldeia e ela e toda a família se tinha mudado para longe e levado os cães, negou ter estado lá no dia que os cães lá foram deixados mas que conhecia os cães e a dona. O mesmo disse que a via passear ali os cães pelo picadeiro e que estavam sempre limpos e gordos. Continuámos a fazer perguntas, pois nas aldeias todas as pessoas se conhecem. Perguntámos se sabia para onde ela tinha ido e se algum familiar ainda vivia ali. O homem começou a enervar-se e a gritar que não sabia de nada nem de papéis nenhuns... resolvemos sair dali. Mas esperem lá, nós não falámos em quaisquer papéis...! A coisa começou a 'cheirar-nos mal' e decidimos investigar. O telemóvel da dona continuava desligado. Além disso, porque iria uma pessoa passear os cães para um local que agora era longe da sua residência? E se ela se tinha mudado, porque não comentou isso nas conversas telefónicas?? Passámos então numa casa perto e perguntamos de conhecia a pessoa em questão. Disseram que sim e explicaram onde era a casa dos pais, pois ela agora vivia lá. Fomos lá onde encontrámos um casal de idosos que confirmaram ser os pais da adoptante. Estavam num quintal com galinheiros, onde tinham galináceos, perus, pombos, etc. Perguntámos pelos cães e ele disseram que estavam ali com eles. Pedimos para vê-los...Choque total! A Dolly estava dentro de um curral com outros 2 cães, onde não havia qualquer luz, nem solar nem artificial, sem comida ou água, rodeados de dejectos e na humidade das próprias urinas. O cheiro era insuportável. Os cães tinham tanta sede que assim que a porta foi aberta vieram beber de um alguidar que estava no pátio com água verde e cheia de insectos mortos, que fervia por estar ao sol, e os canitos bebiam sôfregos. O Snoopy estava junto com umas cabras amarrado com uma corrente de meio metro e um cadeado gigante preso a um muro, num local sem a mínima sombra, e igualmente sem água ou comida. Ambos os animais, de pêlo longo, estavam em estado de visível negligência, ou pelo menos uma perda de interesse, pois notava-se que não eram escovados ou limpos a algum tempo, cheios de pulgas, praganas e ouriços de ervas, o seu pêlo cheio de chocas e rastas.Perguntámos como poderíamos contactar a filha e disseram que ela trabalhava num picadeiro umas casas abaixo. Fomos lá mas ela não se encontrava no local. Segundo a idosa, Como tinha sido despedida do primeiro picadeiro, e também se tinha separado, morava agora com os pais. A vida tinha dado uma grande volta, e já não tinha hipóteses de sustentar os cães. A senhora era também muito alérgica aos cães e não os queria lá, mas por pena lá os mantinha. Disse-nos também que se não fosse ela, que mal se podia mexer, os cães já tinham morrido de fome. Eram alimentados a sopas de pão e mesmo assim era quando sobrava. Dissemos também que a pessoa com quem tínhamos falado no picadeiro era também seu filho, portanto a encobrir a irmã e realmente a mesma pessoa que já tinha sido vista no dia que os cães lá foram deixados.Obviamente trouxémos os nossos cães, que tiveram imediatamente que ficar internados. Fizeram todos os testes possíveis a doenças e veio a má notícia de que o Snoopy tinha Leishmaniose, e estava num estado se magreza e subnutrição que corria algum risco . Felizmente a Dolly não tinha nenhuma doença crónica, mas vinha com uma conjuntivite e uma grave infecção urinária. Ambos os cães tinham sinais de negligência como feridas no corpo e unhas que cravavam a pele, além do estado do pêlo e muita sujidade.Não ficámos descançados e no dia seguinte fomos ter com o casal de idosos para buscar os outros dois cães que lá tinham ficado, um Labrador (que da raça pouco tinha), que pelos vistos era o único cão minimamente estimado na família, era o único que sabiam o nome e o mais alimentado, e uma cadelinha de 4 meses, que lhe davam tanta atenção que nem sabiam se era cão ou cadela. Impuseram a condição de voltarmos a devolver o labrador após ser visto pelo veterinário.O cão estava minimamente bem tratado, apenas muito parasitado e um pouco magro, fizémos-lhe os testes, foi desparasitado interna e externamente, e devolvido à casa no dia seguinte. Oferecemos 70 kgs de ração para irem alimentando o cão.A cadelinha estava igualmente muito parasitada, sem doenças aparentes, alguma falta de pêlo, mas com um problema de crescimento derivado à carência de nutrientes durante o crescimento dos ossos, o que faz com que ela ande torta e curvada. Não foram feitos testes devido à tenra idade, que poderiam dar resultados falsos ou inconclusivos. Ela seguiu para o canil assim que teve alta do vet, juntamente com a Dolly. O Snoopy ficou a recuperar.Quanto à adoptante, nunca conseguímos contactar com ela, o telemóvel nunca mais voltou a ser ligado, ela nunca apareceu nas 3 idas que foram feitas nessa semana à casa dos idosos.Com isto tudo O Abrigo ficou com mais 3 animais ao seu cargo, numa altura que não tem capacidade para albergar mais, muito menos cães doentes. Teremos de suportar as despesas do internamento dos animais, os testes feitos, as medicações, as tosquias, os desparasitantes e todos os tratamentos que os animais fizeram enquanto estiveram internados. É aqui que pedimos a vossa ajuda. Já temos algumas dívidas em despesas de veterinário e esta veio numa altura em que não estávamos a contar e não havia dinheiro de reserva derivado a outra cadela que esteve doente. Pedimos os donativos de quem possa ajudar e que divulguem o caso principalmente pelas pessoas que tenham a seu cargo animais para adopção para que este caso sirva de exemplo daquilo que não acontece só aos outros. Outra ajuda que precisamos é comida de bebé de qualidade para a recuperação destes meninos. Estão os 3 a comer RC junior para recuperar peso.Podem contactar a clínica onde os animais foram assitidos e quem quiser ajudar, para que saibam que o dinheiro é mesmo aplicado para este caso, pode doar directamente na clínica veterinária:Clínica Veterinária da PontinhaRua Cidade da Horta 3-C, Pontinha1675-111 PONTINHA214 781 290919 632 380


O Abrigo da Bicharada agradece todas as pequenas ajudas que possam dar e a maior divulgação que possam fazer deste caso grave, pode ser que consigamos evitar futuros casos iguais.os nossos contactos:Mª Júlia Rodrigues: 91 211 21 68; Teresa Barros: 96 746 65 26; Elsa Pereira: 93 625 49 32;yola.rd@gmail.com elsapereira2003@yahoo.com.brObrigado


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